— Não consegui.
— Me dá um trocado.
— Mané mesmo.
— Não tenho, Júlio César.
— Que Mané o quê, não deu, monte de trabalho pra corrigir.
— Prum corote, professor.
— Tira umas férias, então.
Sharon Cabeleireiros. Descolore. Colore. Cabelos.
— Pode ser, das crônicas, isso?.
“PM e guardas são acionados para retirar corpo de rio na Grande Curitiba, mas são surpreendidos”.
— Nao era pra bala, imperador?
— Dá um tempo, para de publicar um pouco.
“Após cerca de 30 minutos, as equipes decidiram chegar mais perto e descobriram que se tratava apenas de um manequim jogado no rio”
— Professor uber, uber professor, essa inhaca.
— Dois real, professor, dois real.
All Beek. Lanches sírios. Shawarma. Esfirras. Kibes.
— E ainda queria escrever uns contos, pensa.
— Uma mulher, acharam, daí chamaram a polícia.
Terminal de ônibus Nestor de Castro. Somente Cartão. R$6,00.
— Seu Antônio, quero uma passagem.
— Tira duas semanas, avisa os leitor, sossegado.
— Valeu, professor.
— Cinco reais, vizinho.
Cyber Celulares. Fontes. Cabos. Películas. Carregador.
— Fechou, Apulcro, vou avisar o povo que o Letra Corrida vai dar um tempo.
— “Rio na Grande Curitiba”! Qual o nome do rio, porra! A reportagem nem pra identificar.
— Como é isso, Antônio? A passagem, um real mais barata!
— Vinte um de Agosto você volta.
— Cartão de idoso, deficiente, uns truque antigo.
— Tá certo, Apulcro. Ah…
— O quê?
— Esse jornal é uma bosta, mas é bom.
— Vá se ferrar, professor.
* Foto: Tonico
